Introdução

Conheça mais sobre o médico:

Dra. Fátima Zirn
Pneumologista pediátrica. Especialista em Pneumologia Pediátrica pelo Hospital Menino Jesus e Pós-graduada em Nutrologia pela Boston University School of Medicine.Quer continuar lendo este conteúdo? Faça seu cadastro ou acesse sua conta
Caso Clínico
- Antecedentes familiares: pai com rinite alérgica. Habita casa com um pouco de umidade e mofo e tem um gato e dois cachorros. Exame físico: menor ativo, em bom estado geral e eupneico. Rinoscopia mostrou hiperemia da mucosa nasal e edema de cornetos. Otoscopia mostrou hiperemia leve bilateral. Orofaringe com hiperemia da parede posterior com
secreção mucopurulenta. Demais seguimentos sem alterações.
- Hipótese diagnóstica: rinossinusite aguda viral prolongada/rinite alérgica.
- A hipótese diagnóstica de rinossinusite aguda viral prolongada (RSAVP) é baseada na anamnese e exame físico e sem a necessidade de exames complementares inicialmente.¹ ⁸ (Figura 2)

Tratamento
Orientação sobre a higiene ambiental e atualização do calendário vacinal de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI); se possível, com vacinas existentes na rede privada.
Antitérmico, se necessário, para alívio dos sintomas. Limpeza nasal com dispositivo de baixo volume frequente.

Discussão
A maioria dos casos de rinossinusite em crianças é viral e autolimitada, não exigindo o uso de antibióticos.¹ Dessa forma, há necessidade de conscientização quanto ao papel dos profissionais de saúde para evitar a utilização de antibióticos quando há uma opção de observação inicial.¹ Essa foi a conduta no caso descrito, e o paciente evoluiu com regressão dos sintomas.
A adoção de abordagens terapêuticas baseadas em evidência, como o uso de medidas de suporte e o monitoramento clínico, é eficaz e segura.¹ O paciente apresenta histórico familiar de rinite e tem queixa de sintomas nasais frequente, portanto foi iniciado um tratamento para a rinite, com melhora da qualidade de vida e diminuição da chance de evolução para rinossinusopatia.
O uso de dipropionato de beclometasona nebulizável, comercialmente conhecido como Clenil® A, tem sido uma opção terapêutica adjuvante no manejo de rinossinusopatia em crianças, especialmente quando há um componente inflamatório ou alérgico, e é também útil como terapia complementar em pacientes com rinossinusite crônica com ou sem pólipos nasais.⁹ A ação anti-inflamatória local do fármaco ajuda a reduzir o edema da mucosa nasal e dos seios paranasais, melhorando a drenagem do muco e aliviando sintomas como congestão nasal, rinorreia e dor facial.⁵ ⁹ ¹¹ Além disso, a beclometasona nebulizada apresenta menor absorção sistêmica, o que contribui para uma redução importante nos efeitos colaterais comuns aos corticosteroides de uso oral.¹ ⁵ ⁹
Essa forma inalatória foi particularmente útil no caso, pois a via nasal do paciente estava obstruída para o uso efetivo de spray. Visando à melhora dos sintomas persistentes, o tratamento foi estendido por 15 dias. Esse tratamento teve como objetivo diminuir a progressão da doença, prevenir complicações e evitar o uso indiscriminado de antibióticos.
Referências
Material completo disponível para Download
Caso Clínico
A eficácia da nebulização com Clenil® A em tosse associada a Rinossinusite
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